sexta-feira, 3 de julho de 2015

Neofoquismo

ESSÊNCIA

"É preciso criar dois, três, vários Vietnãs" diria o Che. O foquismo consistia em focos revolucionários de guerrilhas armadas, hoje, qualquer pessoa sensata entende que a via armada simplesmente não é uma possibilidade, por isso proponho uma guerrilha pedagógica.

Na universidade pública (jamais ocorreria na privada) tive a chocante constatação de que simplesmente não nos ensinam história na escola, mas uma versão conveniente e obediente ao capitalismo da mesma. Sendo a história o alicerce da concepção de cidadania, concluo afirmando que não é educação o que acontece nas escolas, mas um condicionamento contrarrevolucionário doutrinário onde nos ensinam a aceitar e nos adequar ao status quo.

Um neofoco seria um compensador educacional para dentro e para fora:
Para dentro da rede, ensinaríamos a História, não sua versão. Ensinaríamos sobre a guerra do Paraguai, sobre a segunda guerra, efetivamente sobre a transição ao capitalismo, a verdadeira história do Brasil, o nióbio, etc. Daremos todas as ferramentas teóricas e críticas para o questionamento disto que chamam de democracia, além de geografia, química, física, matemática e biologia em aulas práticas e interativas.
Para fora da rede, ensinaríamos, através do exemplo, que é possível escapar das relações de dominação; do envenenamento compulsório por transgênicos e agrotóxicos e da lógica imposta de competição ao invés da colaboração.

Os neofocos, logo, devem resistir à tentação de se resumirem a unidades produtivas, há de saber manejar o tempo e a energia para que sejam suficientes para as práticas pedagógicas visando a verdadeira e inédita educação de jovens e adultos.

ESTRUTURA

Na inauguração do primeiro neofoco, serão selecionadas três famílias para estágio probatório de vivência de 5 anos; findos os 5 anos e angariados os recursos para o próximo neofoco, as três famílias o habitarão abrindo as vagas para as 3 próximas famílias.
Tendo sucesso, a ideia é manter encontros e confraternizações constantes para promover a troca de experiências e a solidariedade mútua para fortalecimento do projeto.
O excedente dos dois neofocos será destinado à implantação de um terceiro; o excedente dos 3 neofocos será destinado à implantação do quarto, e assim por diante. A partir do segundo, cria-se um conselho deliberativo composto pelos coordenadores de cada neofoco que decidirá de forma conjunta sobre tudo o que diz respeito aos recursos coletivos e a implantação do próximo neofoco.

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